O café brasileiro estará bem representado na Specialty Coffee Expo, que começa nesta sexta-feira (12) e segue até domingo (14) em Chicago, nos Estados Unidos. Das 15 Indicações Geográficas (IG) de café brasileiro, 13 dividirão espaço com profissionais do mundo todo, entre produtores, torrefadores, baristas e importadores.
O grupo integra a plataforma Origem Controlada Café, que está sendo desenvolvida pelo Sebrae, Instituto CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A participação brasileira foi viabilizada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Por meio da plataforma, os produtores cadastrados puderam gerar um QR Code e as informações já em inglês sobre os seus produtos, facilitando a exposição na feira norte-americana. A ferramenta foi desenvolvida para incentivar o controle e a rastreabilidade das regiões produtoras de café e o seu relacionamento com o mercado nacional e internacional, além de potencializar referências como qualidade e origem dos grãos produzidos no país.
Para a analista de Inovação do Sebrae Hulda Giesbrecht, a feira em Chicago é uma oportunidade de o Brasil destacar que, além de quantidade, o país tem café com qualidade e diversidade. “Conseguimos apresentar para o mercado mundial que as regiões brasileiras têm características, histórias e sabores diferenciados. Temos desde o café arábica, passando pelo robusta amazônico até o café conilon, do Espírito Santo. A gente vai mostrar que o café brasileiro não é tudo igual”, esclarece.
A intenção de levar o que o Brasil tem de melhor também motivou a Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, que já está em solo americano para o evento. Com 21 municípios e produção de 2,7 milhões de sacas de café arábica por safra, a entidade expõe pela primeira vez na Specialty Coffee Expo e, além de promover seu produto lá fora, os associados querem atrair os negociadores para a região mineira, que oferta café de alta qualidade e rastreável.
“Ter a visibilidade de uma feira como essa, em Chicago, é importante para o pequeno produtor. Lá fora e até aqui mesmo, no Brasil, muitas vezes somos conhecidos por produzir cafés comuns. A gente quer mostrar que temos condições de levar um produto com diferencial e a IG vem dando esse suporte para que os compradores enxerguem o nosso potencial”, assinala Fernando Barbosa da Silva, presidente da Associação.
